Jéssica Mendes Costa, 18 anos, São Luís/Ma, acadêmica de Medicina/aprendiz de poeta/sonhadora profissional.
"Eu sou marítima. Insanidade ou um quê de prepotência à parte, eis a definição mais próxima do real que encontrei para explicar somente com palavras. Poética e lírica a qualquer hora. Também maleável e passional. Contudo, racional e teimosa. Tenho interesses diversos e vontades concretas, mas ainda incertas assim como estes ‘passamentos’ que fazem com que eu não me conforme em não saber gritar ao mundo o que há em meu coração. E todo mar não é agitado durante tempestades? Assim sou com minhas idéias, com minhas ondas. Marítima, leitor... Eu sou marítima e conformar-me-ei com a definição. Marítima!"
Paulo César di Linharez, 19 anos, São Luís/Ma, acadêmico de Direito, Cotidianista
"Sou poesia das cidades,
escrita em flyers de supermercado, ganhos no sinal.
Descartável.
Me escrevo, amasso e jogo fora - todos os dias -
pela janela do carro,
pra entupir bueiro."
Cláudio Roberto M. de A. B. Martins, 20 anos, São Luís/Ma, acadêmico de Elétrica, metamorfose na hora do almoço.
"Sou filho de mim mesmo morando em orfanato
Goma de mascar no bolso de trás
Sou o blues, o jazz e o metal
A sensação do colidir
Frases soltas
Diminuindo
Até que
Chega e
Ponto
.
Rômulo Coêlho Pacheco, 18 anos, São Luís/MA, Acadêmico de Letras. Doente. Flamenguista. Ou Flamenguista doente.
"Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse."
O blog na visão de cada salvador
Vamos tentar, seu moço, salvar o telhado de cá? Olhe bem: o de lá 'tá usado, mas este começa a pingar... Veja que não temos galochas ou algo p'ra nossa proteção; só nossas cabeças nuas, aí quando vem a chuva, idéias no chão. Não digo o mais bonito nem que seja o melhor projeto, justamente não visamos palmas, apenas queremos lirismo concreto. E quem disser que intencionamos arranha-céu perceberá que está enganado. Aqui, santo de casa é herói e, com o que tem, repara telhado! Que venha chuva, vento e sol e acabou-se a explicação. Do que adianta eu de fora se é de dentro que vem a salvação?!
Jéssica Mendes.
O que nos diferencia dos outros animais é a capacidade de nos indignar - e o que nos assemelha aos vegetais é o "não fazer nada, entretanto". Não sou animal nem vegetal: sou alma inquieta e coração pulsante. Sou cegueira pelo tanto ver, a surdez por nada ouvir e rouquidão por tanto calar. Que a escrita cure meu tato, então. Que veja, escute e fale por mim. Que cada toque da caneta no papel seja um golpe desferido àquilo que me atormenta. Que meu paraíso esteja nas entrelinhas de cada verso, que meu futuro esteja conjugado em cada verbo e que eu fale até minha voz curar minha surdez. Salvo a mim primeiro, para depois salvar o que restar: eis meu arrebatamento.
4 comentários:
Me causou um bom incômodo, o poema-máxima!
=)
Aos surdos,
a dormência total.
É uma questão de confiança de fontes, como escolher entre o Jornal Pequeno e o Estado do Maranhão.
Mãos ao alto, mãos aos brailes!
Bravo! =)
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