Ladainhas e preces
ao som da caixa,
tum.tum.tum
tum.tum.tá
tum.tum.tá
tá!,
reverberam na caixa
que abriga o coração.
Como não prever que
descompasse o meu pulsar?
Que me dê comer de imperador!
Que se solte uma pomba branca, duas, três
caixeiras,
tum.tum.tum
tum.tum.tá
tum.tum.tá
tá!,
continuam o batuque.
Meu peito, porém, não mais fala língua fé.
E então,
Seu Divino Espírito,
Santo de consolo,
não há de ser aberto
o tesouro de vossa graça
antes desse mundo eu
deixar?
Paulo César di Linharez
6 comentários:
Caralhoo, muito bom o blog de vocês!
Adorei, Paulo!
Realmente Salvadores daqui!
[linkei]
Sem palavras...
o talento que emana deste blog é emudecedor...
parabéns a ti, poeta!
Davi
O 'salvadores' está evoluindo!
Não apenas nas partes estéticas(a parte, adorei essa imagem de cabeçalho), claro, mas os poemas tem bem mais substância que antes. Parabéns, aplaudo de pé.
Não entendo (e tenho preguiça em parar pra analisar/entender) a maioria absoluta dos textos, mas como isso parece ser muito inteligente, me é, digno ... huhuahuahuahuhuahuahuahuhauhua
Uma das nossas festas mais bonitas, com certeza... impossível não sentir o bumbo das caixas no coração mesmo... mas no final das contas... fica sempre essa pergunta.
Parabéns! Muito bom!
PS: Concordo com Angela a respeito da imagem!
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